sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

AMIZADE E SUAS RESPONSABILIDADES


*Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e concertaram juntamente virem condoer-se dele e consolá-lo.
E, levantando de longe os olhos e não o conhecendo, levantaram a voz e choraram; e rasgando cada um o seu manto, sobre a cabeça lançaram pó ao ar.
E se assentaram juntamente com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande. (Jó 2.11-13)
*Indo-se o rapaz,, levantou-se Davi do lado do sul e prostou-se rosto em terra três vezes; e beijaran-se um ao outro e choraram juntos; Davi porém muito mais. (I Sam. 20.41)

Aqui temos dois textos bíblicos que nos apresentam situações parecidas que envolvem a amizade, o sofrimento e uma mesma atitude “choraram”.
No primeiro texto apresentado temos como personagens os amigos de Jó, que ao verem o sofrimento grandioso dele começaram a chorar e a gritar, ficaram angústiados, atribulados, e rasgaram sua roupas jogaram pó para o ar e sobre suas cabeças. E permaneceram perto do seu amigo Jó durante 7 dias e sete noites, no mais profundo silêncio , por causa dos seus sofrimentos. Uma verdadeira expressão de amizade, permanecer junto em meios as tribulações.
Há um ditado popular muito conhecido que nos diz: “QUANDO SATANÁS NÃO VEM ENVIA SEU SECRETÁRIO” Satanás ja tinha visto e comprovado a fidelidade de Jó nos sofrimentos, então, mandou seus amigos para que o pertubasse.
Fico imaginando quais seriam os pensamentos de Elifaz, Bildade e Zofar durante aqueles sete dias em que ouve silêncio, onde os sofrimentos e os gemidos de Jó eram os únicos sons expressos não em palavras, mas em breves sussurros de dor e desespero.
Quando ficamos muito tempo ociosos, sem ter o que fazer, acomodados, seja em casa, seja na frente de uma televisão , ou no caso, observando em silêncio os sofrimentos do próximo temos uma tendência humana a buscarmos respostas para as circunstâncias vivenciadas pelos outros, analisamos todos os pontos negativos e positivos para darmos o nosso veredito, seja do sofrimento ou abonaça, somos tendenciosos a brincarmos de sermos Deus. A darmos o nosso veredito e esperarmos que eles sejam cumpridos. E assim foi com os amigos de Jó os três deram seu veredito em relação a tanto sofrimento: Jó era realmente um ímpio que tinha um pecado escondido em sua vida e que estava sendo disciplinado pelo Senhor.
A maioria da narrativa de Jó é um diálogo entre Jó e seus amigos. Jó é tão condenado pelos seus amigos que fala:
“Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me atigiu” (Jó 19.21)


Podemos descrever algumas das caracteristicas dos amigos de Jó:

· Atormentadores“...Todos voz sois consoladores molestos...” (Jó 16.2) ,ou seja,
“.... em vez de me consolarem vocês me atormentam” (Linguagem de hoje - Jó 16.2)

· Zombadores“Os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus” (16.20)

· Provocadores“Tolerai-me e eu falarei; e, havendo eu falado, podereis zombar. (Jó 21.3)


Não é a toa que que Tiago nos exorta a imitarmos Jó:
“Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg. 5.11)

Perceba que Jó nunca falou que Elifaz, Bildade e Zofar não eram seus amigos.

Em um outro paradoxo vemos o relacionamento de Davi e Jonata, os quais choraram juntos, sofreram juntos, mas ao contrário de Elifaz, Bildade e Zofarque que choraram mais também levantarm falsas acusações Jônata foi um ótimo amigo que sempre esteve ao lado de Davi por ver a integridade de espírito de seu amigo. A tal ponto de trair seu próprio pai,Saul,que planejava, por inveja matar Davi. Jônata preferiu perder a susseção do trono a fazer um mal a um justo.
O reto proceder de Jônata em relação a Davi nos leva a refletir sobre as responsabilidades que devemos ter com nossos amigos:
Podemos prender a ser bons amigos como Jõnatas foi para com Davi e destacar três responsabilidade que devemos nos apropriar em nossos relacinamentos:

· Interceder-“ Então, Jônatas falou bemde Davi a Saul, seu pai e lhe disse: Não peque o rei contra teu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e os seus feitos para contigo têm sido mui importantes. Arriscando ele a vida, feriu os filisteus e efetuou o Senhor grande livramento a todo Israel; tu mesmo o viste e te alegraste. Por que , pois, pecarias contra sangue inocente, matando Davi sem causa? Saul atendeu a voz de Jônatas e jurou: Tão certo como vive o Senhor, ele não morrerá”. (I Sm. 19.4-6)

Podemos ver claramente como Jônatas usa de sua influência para proteger e beneficiar o seu amigo Davi. Livrando-o da própria morte.


· Lealdade-“Não abandones o teu amigo...” (Pv. 27.10)
Jônata foi tão leal a Davi que mesmo sabendo que o seu pai o queria matar, preferiu fazer o que é certo : preoteger o amigo da maldade praticada por seu pai. Um bom amigo protege o outro, cuida, zela, pelo bem estar: físico, mental e espiritual.

· Amor-E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.
(1 Samuel 18:3 )
“...beijaran-se um ao outro e choraram juntos.” (I Sam. 20.41)

Você sabe o valor de uma verdadeira amizade, pois, se sabe, você já chorou junto com seu amigo. Quando temos um verdadeiro amigos somos capazes de sentir a mesma alegria e também a mesma dor. Não nos esquecemos deles com o passar dos anos, e torna-se um vínculo tão forte ao ponto de não necessitarmos de compartilhar cada segundo de nossa vida, mas de vivermos os melhores e piores momentos juntos. Salomaõ com muita propriedade nos aconselha;
O conselho de Salomão é:

“Em todo o tempo ama o amigo, e na angústias se faz o irmão” (Pv 17.17).

1. Será que conseguimos amar nossos amigos a ponto de considerá-los como nossos irmãos, e de eles nos considerarem da mesma forma?
2. O modo como trato meus amigos tem a aprovação de Deus?
3. Será que a amizade que demonstramos às pessoas é apenas enquanto vemos a possibilidade de elas nos acompanharem em nossa religião?



Uma vez que escolhemos bons amigos, devemos ser bons amigos! As Escrituras nos aconselham sobre as responsabilidades de companheiros fiéis. Amigos contam com a presença uns dos outros:

*"Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe" (Provérbios 27:10).
* "O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos" (Provérbios 15:30).


Por outro lado, não devemos abusar da amizade, causando aborrecimentos:
· "Não sejas freqüente na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te aborreça" (Provérbios 25:17).

Não devemos abandonar nem trair os nossos amigos (Provérbios 27:10). Amigos verdadeiros não são interesseiros, mas aqueles companheiros fiéis que ficam nos bons tempos e nos maus:
· "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Provérbios 17:17). A


A amizade nos fortalece:
· “Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho”´, e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4.9-12).

Evidentemente, Deus se alegra de que peçamos amigos e irmãos verdadeiros. Deus quer o nosso bem. Mas precisamos merecer que Deus nos atenda nessa questão. Pode acontecer que precisemos aprimorar algumas qualidades cristãs e evitar algumas não-cristãs para que Deus nos atenda. Egoísmo, mentira, calúnia, inveja e vingança não podem existir na vida de quem procura bons amigos. Quando nossas qualidades cristãs são atraentes, como sinceridade, cumplicidade, amor abnegado, somos usados por Deus para ensinar pessoas não-cristãs e até nossos irmãos em Cristo a se aprimorarem. O valor de quem está apto para ser um amigo-irmão é tão grande que pode, de fato, ser o meio pelo qual o Espírito Santo usará você e eu para levarmos o maior amigo de todos para os não-salvos: Jesus Cristo - aquele que deu o maior exemplo de amor e amizade - o de morrer por nós. Que o nosso modo de sermos amigos seja um reflexo de nossa amizade como nosso Deus - Pai, Filho e Espírito Santo.
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